Houve na manhã de quarta-feira, dia 6 de junho, mais um encontro pedagógico para os professores do 4º e 5º Anos, no auditório da Secretaria de Educação. A maior parte de nossos professores esteve presente e, pra não variar, misturaram a seriedade do momento com a diversão, que é a marca registrada dessas meninas. Graça Moura, Izaíre, Rita, Gicélia, Ivone e Rosângela participaram do encontro, que teve como tema o ensino dos valores às nossas crianças. No fim dessa postagem colocaremos um texto, extraído de um blog, que mostra bem a importância de trabalharmos esse importante tema transversal.
Vamos a algumas fotos? Esperamos comentários!
Vamos à escalação desse time bom de bola... Da direita pra esquerda, Graça, Izaíre, Rita, Ivone e Rosângela |
A palestrante bem pertinho e elas atualizando as notícias... Pode? rs |
Respeito, valores, relacionamento. Temas essenciais hoje em dia! |
Agora sim, estão todas compenetradas... Mas o que Graça estará lendo? |
Rosângela estava gostando da palestra |
De um ângulo diferente |
Visão de todas as meninas. Vocês são motivo de orgulho pra nós! |
Ivone finalmente notou a presença do paparazzi... |
Uma vista parcial dos professores presentes |
Sorria, Rita, você está sendo fotografada! |
Gicélia também nos notou e deu aquela olhadinha... está no blog! |
POR QUE ENSINAR VALORES?
Celso Antunes
Dizer a uma criança de cinco anos
para que coma salada, porque salada “faz bem” não a induz a devorá-la. Se o
fizer, fará para agradar a mãe ou, pior ainda, comerá salada “apesar de
detestá-la”, porque ainda que não ouse revelar, tem medo da mãe. A criança não
gosta das saladas não porque a química que compõe seu organismo a rejeita, mas
sim porque não compreende porque deve comer salada. As palavras da mãe não
garantem a convicção e em seu nível de conhecimento, comer salada não faz
qualquer sentido, ao contrário, por exemplo, de entupir-se de guloseimas. Em
verdade, quem recusa a salada na criança não são as suas células gustativas que
caracterizam o paladar, mas seu cérebro, pois o cérebro humano jamais aceita o
que não lhe faz pleno sentido.
A referência à salada e a
circunstância da criança são apenas exemplos simbólicos. Em qualquer idade,
somente gostamos do que possui sentido e por esse motivo não somos capazes de
decorar um punhado de palavras esdrúxulas, como por exemplo, “murufratagitrari,
brucutrape, saratripiu”, mas guardamos com carinho o recado gostoso de que
“amanhã será domingo de sol e a praia nos espera”. Se pensarmos bem, a aparente
dificuldade da memória para registrar os dois recados acima é absolutamente a
mesma, mas fixamos a segunda e não a primeira porque a segunda faz sentido. Em
síntese, o “combustível” do cérebro humano é sempre a “significação” e quando
tentam nos enfiar na memória frases sem essa essência, reagimos como reage a
criança diante da salada imposta.
É por esse motivo que é
importante ensinar valores.
Os valores não são como
habitualmente se pensa atributos desejáveis ao ser humano, ou fundamentos da
dignidade da pessoa, ou objeto de escolhas morais, ou qualidade que pode
fazê-lo mais ou menos bonito no contexto social. Ao contrário, os valores são
os alicerces da humanidade, a essência da preservação da espécie e o “alimento”
que integra e faz prosperar os grupos sociais. Mais que isso, “Valores” são, em
última instância, aquilo que pode ser vivenciado como algo que faz sentido e,
dessa forma, como tudo quanto dá razão à vida. A vida biológica do homem, tal
como a vida biológica da mosca, não necessita ser vivida. Representa
simplesmente uma circunstância evolutiva, um acidente orgânico e dessa forma,
basta durar apenas o tempo para se reproduzir. Com essa missão orgânica
concluída, a vida não tem mais motivo e morrer ou não constitui apenas um
acidente que termina outro que a gerou.
Mas, o homem não é apenas
constituído por uma vida biológica. É uma vida que alcança a plenitude do
sentido porque ama, sofre, constrói, se zanga, se surpreende, foge da tristeza,
anseia pela felicidade, cultiva a simpatia, exibe compaixão, embaraça-se,
assusta-se com a culpa, cresce com o orgulho, mortifica-se com a inveja e por isso
tudo causa espanto e admiração, indignação ou desprezo. “Sem sentir-se
“inundado” pelas emoções e pelos valores, a vida não é vida e se fosse possível
não tê-los, bastava ao homem passar pela vida e não viver”.
É por esse motivo, insistimos que
é importante ensinar valores.
Mas se não se duvida dessa
importância, é essencial que se descubra que ensinar valores tal como se
insiste com a criança que coma salada, implica em sua rejeição ou, pior ainda,
em um domínio sem compreensão, uma aprendizagem sem significação, logo
rejeitada pelo cérebro. Valores não se ensinam, pois, com conselhos.
Nada contra os conselhos. Se
bonitos e bem intencionados até que não ficam mal em quem quer que seja. Mas,
acredita-se que possam ser “apreendidos” representa uma outra história. Os
valores, tal como as saladas, precisam de momentos certos para serem mostrados
e, sobretudo, necessitam de exemplos para serem explorados, circunstâncias
específicas para que sejam compreendidos, ambientes emocionalmente preparados
para que sejam discutidos. Assim como não se discute a boa intenção da mãe em
tentar empanturrar seu filho de cinco anos de saladas, também não se discute a
intencionalidade de se ensinar valores de forma discursiva. Isso até pode ser
satisfatório para a consciência de quem transmite, mas certamente é inútil para
o cérebro de quem acolhe. Se é que acolhe.
BELO TEXTO MÁRIO! ISSO ME FAZ LEMBRAR DAQUELA REUNIÃO NA QUAL FALAMOS, DENTRE OUTROS ASSUNTOS,SOBRE A POSSIBILIDADE DE ACABAR COM A SEMANA DE PROVAS, SEM TER UMA JUSTIFICATIVA CONVINCENTE. UM ABRAÇO COMPANHEIRO.
ResponderExcluirRoberto, me lembrei também da discussão sobre os bonés. Tem que haver convencimento mesmo. Eles precisam entender os porquês da coisa, senão fica difícil pra escola. Valeu, abraço!
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