segunda-feira, 2 de abril de 2012

A situação é grave: GREVE!


Sem haver entendimento entre professores e Prefeitura, a classe reuniu-se em assembleia no dia 26 de março para decidir o indicativo de greve. Há um percentual remanescente de 11% de reajuste salarial que não foi pago e, neste ano, a lei nº 11.738, que trata do reajuste obrigatório de 22,22%, não foi respeitada. Somando-se a isso, o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos funcionários não-docentes, uma batalha que perdura há pelo menos dois anos, não havia sequer sido encaminhado para a Câmara de Vereadores a fim de ser apreciado e aprovado.

A assembleia ocorreu no pátio da nossa escola e o indicativo foi aceito por unanimidade, sob aplausos de todos. Ficou definido que no dia 29 de março, uma quinta-feira, haveria caminhada de protesto de trabalhadores docentes e não-docentes, pais e alunos. À noite, já colocamos um cartaz convocando todos a comparecerem ao ato público. Como gestão que se irmana à luta dos companheiros docentes, vimos a greve, (in)felizmente, como a única solução que assegura um diálogo mais aberto sobre as questões reivindicadas. É triste vermos que um direito assegurado por lei e cujo impacto pode ser suportado pela folha financeira da instituição, como já foi provado e reconhecido pela própria Prefeitura, seja posto em segundo plano.

Sem o professor não haveria o médico, o engenheiro, o prefeito, o vereador. Temos sonhos e formamos nosso caráter com grande apoio dessa classe. Escrevemos aqui, neste momento, porque um professor nos repassou seus conhecimentos, compartilhou conosco um pouco do que sabia. Um pouco que hoje faz diferença. Como não haver reconhecimento a uma categoria tão importante?

Se não há a valorização do poder público, o professor há que valorizar-se. Impor-se. Mostrar que existe e que é a força motriz do presente para o futuro, já que prepara indivíduos que irão administrar nossa cidade, estado, país.

Avante, companheiros! A luta não pode parar, porque professor não é gasto, é investimento!






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